Uma escola da rede municipal de Eunápolis vive mais uma situação alarmante e constrangedora. Nesta segunda-feira, 22 de abril, pais e alunos denunciaram que os estudantes dos turnos da manhã e da tarde ficaram sem merenda escolar — um problema recorrente que vem gerando indignação na comunidade.
Segundo relatos de pais e funcionários, o motivo seria a falta de pessoal na cozinha. Atualmente, apenas duas merendeiras estão em atividade, uma por turno. A equipe reduzida não consegue preparar e servir a alimentação para todos os alunos, o que tem resultado em dias sem merenda.
Além disso, o cansaço físico e a sobrecarga têm afetado diretamente essas profissionais, que não querem mais continuar sozinhas na função sem o apoio de ajudantes. “Não tem como duas pessoas darem conta de tudo. Elas estão exaustas”, relatou uma funcionária.
Diante do cenário, o diretor foi forçado a autorizar que os pais buscassem seus filhos na escola, já que, oficialmente, a Secretaria Municipal de Educação não permitiu que os responsáveis fossem informados, mesmo diante da falta de alimentação. Pior ainda: professores e direção também estariam proibidos de falar publicamente sobre o problema, o que tem gerado revolta dentro e fora da escola.
Ainda assim, a direção optou por priorizar o bem-estar das crianças, permitindo que os pais levassem seus filhos mais cedo para casa, mesmo sem respaldo oficial.
“O que está acontecendo com a educação em Eunápolis? As crianças iriam ficar com fome se os pais não fossem avisados, e ainda querem esconder isso da população?”, desabafou um pai.
Além da falta de merenda, algumas turmas continuam sem professores, e o 5º ano segue sendo liberado às 15h50, mesmo em dias com a rotina escolar comprometida.
Há também denúncias de que a Prefeitura estaria tentando abafar a situação, o que só reforça o sentimento de abandono e descaso com os estudantes da rede pública.
A comunidade escolar cobra transparência, respeito e providências urgentes. A merenda escolar é um direito garantido por lei, essencial para a permanência dos alunos em sala e para seu desempenho. Negligenciar esse direito é comprometer o futuro de centenas de crianças.
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