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Vereador Adriano Cardoso tem mandato cassado após condenação por compra de votos em Eunápolis

Na quinta-feira, 27 de novembro de 2025, a Justiça Eleitoral de Eunápolis (BA) determinou a cassação do diploma de Adriano Cardoso, considerando procedentes as ações movidas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Com isso, todos os votos obtidos nas eleições de 2024 foram anulados, e o político foi declarado inelegível por oito anos, com a inelegibilidade tendo início nas eleições de 2024.

Além da cassação, foi imposta uma multa no valor de 30 mil unidades de UFIRs, e o cartório eleitoral foi orientado a realizar a recontagem dos votos, caso necessário, para recompor a composição da Câmara Municipal.

As acusações e a investigação

Adriano Cardoso foi acusado de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e abuso de poder econômico. A investigação revelou que ele estava envolvido em um esquema estruturado durante a campanha de 2024, que incluía a distribuição de dinheiro, controle de eleitores por listas, uso de intermediários e promessas de vantagens em troca de votos.

Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou uma pistola calibre 9mm, de uso restrito e com numeração raspada, escondida na descarga do vaso sanitário da residência do vereador. Este fato aumentou ainda mais a gravidade da situação. Na ocasião, Adriano foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas foi liberado após o pagamento de fiança.

Reeleição e recorde de votos

Nas eleições municipais de 2024, Adriano Cardoso foi reeleito com 2.760 votos, tornando-se o vereador mais votado de Eunápolis e do extremo sul da Bahia.

Tentativas de impugnação

Simultaneamente às investigações de corrupção eleitoral, tramitava uma ação questionando a formação da chapa do Partido Progressistas (PP), com suspeita de descumprimento da cota de gênero nas candidaturas. Contudo, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) julgou essa ação improcedente em julho de 2025, mantendo os mandatos.

Sentença final e cassação

Apesar da absolvição em relação à ação de impugnação, novas evidências reunidas pela Justiça Eleitoral resultaram na condenação de Adriano Cardoso, com a cassação de seu mandato e a confirmação da prática de compra de votos.

Perda imediata do mandato

Com a cassação, Adriano Cardoso perde imediatamente o cargo de vereador. A decisão acarreta a convocação de um suplente, o que poderá levar a uma reconfiguração na composição da Câmara Municipal de Eunápolis.

Agora, resta aguardar as consequências dessa reviravolta e o "dançar das cadeiras" no legislativo municipal.

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