A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (23), uma operação para combater uma organização criminosa responsável pelo desvio e lavagem de recursos públicos federais repassados à Prefeitura de Poções, cidade do sudoeste da Bahia, entre 2021 e 2023. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 12 milhões.
Prefeita de Poções, Dona Nilda, e o prefeito de Encruzilhada, Dr Pedrinho, ambos do PCdoB — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Anteriormente, a reportagem afirmou que o atual chefe de gabinete Jorge Luiz era um dos alvos da operação. No entanto, ele não foi citado na ação da PF.
Como funcionava o esquema
De acordo com a PF, as investigações apontam irregularidades em contratos de terceirização de mão de obra financiados com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), Sistema Único de Saúde (SUS) e Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), incluindo ausência de estudos técnicos, pesquisa de preços inadequada, majoração indevida de valores contratuais e prestação fictícia de serviços.
A investigação revelou ainda a existência de uma estrutura criminosa organizada, com atuação em diversos municípios baianos, que utilizava empresas de fachada, familiares como intermediários financeiros, movimentações bancárias atípicas e ocultação patrimonial para viabilizar os desvios e a lavagem de dinheiro.
A PF informou que os crimes apurados incluem organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista.
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